Anúncios no ChatGPT? CEO da OpenAI não é contra publicidade no chatbot

O CEO da OpenAI, Sam Altman, comentou a possibilidade de inserir anúncios no ChatGPT durante uma entrevista. O executivo não é contrário à ideia de ter publicidade no chatbot, mas avalia que o processo exigiria muito cuidado para ser feito do jeito certo.

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A conversa foi publicada no canal da OpenAI no YouTube na última quinta-feira (19), como parte de um novo podcast da companhia. 

Perguntado sobre qual é a abordagem da empresa com relação aos anúncios, principalmente ao considerar o tratamento de dados pessoais de usuários, Altman reforçou que não há anúncios nos produtos atuais, mas não descartou a ideia e ainda elogiou o modelo do Instagram:

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“Nós não colocamos anúncios em nenhum produto até agora. Eu não sou totalmente contra isso, posso pontuar algumas áreas nas quais gosto de propagandas. Penso nos anúncios do Instagram, são legais, já comprei muita coisa de lá, mas eu acho que seria muito difícil, levaria muito cuidado para fazer do jeito certo”, comentou Sam Altman.

Um dos fatores que dificultaria a entrada das propagandas, segundo o CEO, seria o nível de confiança das pessoas no ChatGPT, principalmente quando redes sociais e buscadores já mostram inserções comerciais:

As pessoas têm um nível de confiança muito alto no ChatGPT, o que é interessante porque a IA alucina, deveria ser a tecnologia que você não confia muito.

Porém eu acho que parte disso é porque se você nos compara com as redes sociais, buscas ou coisas do tipo, em que você pode reconhecer que você está sendo monetizado e a empresa está tentando entregar bons produtos, sem dúvidas, mas também fazer você clicar nos anúncios. O quanto você acredita que está recebendo o que a empresa acha que é o melhor conteúdo para você versus algo que está tentando interagir com anúncios. Tem um fator psicológico aí.

Para Altman, um caminho ideal seria mostrar anúncios fora do fluxo dos modelos de IA que abastecem o ChatGPT, além de deixar claro aos usuários que a propaganda não interfere nos resultados dos LLMs.

Como a OpenAI ganha dinheiro?

Com receita recorrente anual de US$ 10 bilhões em 2025 (cerca de R$ 55 bilhões em conversão direta), grande parte do faturamento da OpenAI vem de investimentos externos. A Microsoft é uma das investidoras de longa data da companhia, mas os valores não são revelados e não contam para as cifras projetadas para o ano.

A criadora do ChatGPT afirmou em março deste ano que levantaria até US$ 40 bilhões em rodada de financiamento liderada pelo grupo SoftBank. Além disso, a empresa recentemente venceu a concorrência por um contrato no valor de US$ 200 milhões para fornecer infraestrutura e ferramentas de IA ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

Há, ainda, valores recebidos a partir das assinaturas ChatGPT Plus, Pro (de mais de R$ 1 mil por mês) Team e Enterprise, assim como o faturamento obtido com a API do serviço. Como a empresa opera em capital fechado, não é possível averiguar as maiores fontes de receita.

CEO afirma que novo modelo está próximo

No mesmo podcast, Altman antecipou que o próximo grande modelo de IA da empresa (possível GPT-5) deve ser lançado no verão do hemisfério Norte — entre julho e setembro. O executivo destacou as evoluções constantes nos LLMs, mas não trouxe mais detalhes sobre o futuro lançamento.

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