Adolescentes compulsivos em telas revelam maior risco de comportamento suicida
Um estudo divulgado na última quarta-feira (18) aponta que adolescentes com uso compulsivo de telas apresentam maior risco de desenvolver comportamentos suicidas e problemas relacionados à saúde mental.
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Conduzida por cientistas de três universidades dos Estados Unidos — Weill Cornell Medicine, Columbia University e University of California —, a pesquisa foi publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA).
O estudo acompanhou quase 4.300 adolescentes, com idades entre 9 e 10 anos, ao longo de quatro anos. Os pesquisadores analisaram como padrões de uso problemático de mídias sociais, celulares e videogames evoluíram nesse período.
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Esses padrões incluíam, por exemplo, a sensação de incapacidade de parar de usar um dispositivo e o uso da tecnologia como forma de escapar de problemas pessoais. Também foi avaliado se esse uso interferia em atividades como tarefas escolares e exercícios físicos.
Risco de comportamento suicida
Entre os jovens classificados no grupo de uso nocivo de celulares, cerca da metade relatou alto consumo compulsivo desde o início do estudo — padrão que se manteve elevado até o início da adolescência. No caso das mídias sociais, 41% dos participantes apresentaram uso compulsivo alto ou em crescimento.
Nesses dois grupos, as trajetórias de uso elevado ou crescente foram associadas a um risco de duas a três vezes maior de comportamento suicida, em comparação com os adolescentes que relataram baixo uso dessas tecnologias.
No grupo de análise focado em videogames, mais de 40% das crianças apresentaram um padrão de alto consumo. Esses participantes também demonstraram maior probabilidade de desenvolver pensamentos suicidas, além de sintomas de ansiedade, depressão e agressividade.

Kelly Sikkema)
Conclusões dos especialistas
Segundo os autores do estudo, os resultados não demonstram que o uso compulsivo de telas cause diretamente problemas de saúde mental. No entanto, os dados indicam que o aumento do uso está associado a aproximadamente o dobro do risco de comportamento suicida em um curto intervalo de tempo.
“Crianças que inicialmente apresentam trajetórias baixas ou moderadas não são normalmente consideradas em risco, mas o acompanhamento pode detectar tendências preocupantes, como o desenvolvimento de uso aditivo mais grave ao longo do tempo”, explicou a Dra. Yunyu Xiao, professora da Weill Cornell Medicine e coautora da pesquisa.
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