Trabalhadores são interrompidos a cada 2 minutos por notificações, aponta estudo

Trabalhadores são interrompidos a cada dois minutos por uma notificação, reunião ou e-mail. É o que mostra um levantamento da Microsoft através de dados de telemetria de usuários do Microsoft 365 revelado nesta terça-feira (17). 

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O estudo aponta que essas interrupções ocorrem em momentos importantes do dia que necessitam de foco. A maior incidência de notificações e reuniões acontece por volta de 11h, período de pico de produtividade para muitos colaboradores. 

Essas pausas, segundo o estudo, criam um ambiente de trabalho “caótico e fragmentado”. A pesquisa global da Microsoft também aponta que quase metade dos funcionários e mais de 50% dos líderes concordam com essa percepção do espaço de trabalho.

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Para reunir essas informações, a Microsoft fez um processo de coleta e análise de dados remotos baseados em sinais de produtividade de colaboradores de empresas que usam o Microsoft 365 até fevereiro de 2025. Contudo, a pesquisa não inclui dados de usuários da modalidade Edu e da União Europeia. 

Produtividade é regida pela agenda de outra pessoa

O estudo da Microsoft também indica que os horários de maior produtividade dos funcionários são regidos pelas agendas de outras pessoas, e, assim, ocupados por reuniões, fator que deixa pouco espaço para o foco profundo nas atividades. 

A pesquisa revela que 23% das reuniões ocorrem nas terças-feiras, a maior carga da semana. Esses encontros ocupam horários entre 9h e 1h e de 13h às 15h, períodos em que os funcionários têm um pico natural de produtividade. 

Para tentar mitigar a falta de produtividade durante o dia, os trabalhadores levam o trabalho para o período da noite por ser uma janela produtiva mais tranquila, principalmente para quem está em home office. O estudo mostra que reuniões após às 20h aumentaram 16% em comparação com 2024. 

Além disso, o levantamento diz que um funcionário médio envia ou recebe mais de 50 mensagens fora do horário comercial principal. E quando o relógio bate 22h, quase um terço dos trabalhadores ativos voltam às caixas de entrada do e-mail. 

IA por si só não basta para resolver problemas

A pesquisa elabora que apenas a adoção da inteligência artificial no meio de trabalho não basta. Para além disso, é preciso que a empresa adote modelos de trabalho que questionem como o tempo é gasto, como é realizado e o que gera impacto, e dediquem o uso da IA para auxiliar nesses processos. 

Como exemplo, o estudo aponta a regra 80/20, ou Princípio de Pareto, que faz com que a empresa se concentre nos 20% de trabalho que geram 80% dos resultados.

Nesse sistema, a IA seria implementada para otimizar tarefas de baixo valor, como relatórios de rotina e reuniões de status. Tal ação liberaria os líderes para focar em atividades que garantem maiores resultados, por exemplo. 

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