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Curiosidades

Resilience | 5 curiosidades sobre o lander japonês que tentou pousar na Lua

A japonesa ispace tentou pousar na quinta-feira (5) seu lander Resilience em Mare Frigoris, uma planície de basaltos na Lua, mas não teve sucesso. A falha foi confirmada pela empresa — se tivesse conseguido pousar corretamente, o Resilience levaria experimentos e outras cargas úteis à superfície do nosso satélite natural. Mesmo assim, sua missão gerou informações importantes.

Os dados preliminares de telemetria indicaram que o dispositivo responsável por medir a distância entre a sonda e a superfície lunar teve alguns atrasos na coleta dos dados. Como resultado, não foi possível desacelerar o Resilience até a velocidade necessária para o pouso em segurança.

Com 2,3 m de altura e uma tonelada quando totalmente carregado, o Resilience era o segundo lander lunar do programa Hakuto-R, da ispace. Seu antecessor, o lander da Missão 1 Hakuto-R, foi lançado com sucesso ao nosso satélite natural, mas teve problemas para calcular a altura de uma cratera na hora do pouso. Como resultado, o módulo colidiu com a superfície lunar.

Se tivesse conseguido pousar, o Resilience tornaria-se a primeira espaçonave japonesa a descer com sucesso à Lua. Em seu interior, o lander levou uma série de experimentos científicos e objetos inusitados, como uma placa comemorativa e uma casa (entenda melhor logo abaixo).

Apesar do desfecho da missão, os engenheiros conseguiram lições valiosas para as próximas tentativas. Confira algumas curiosidades sobre o lander Resilience e sua missão lunar.

1. Conheça Tenacious, o rover 

Modelo do rover Tenacious (ispace)

Entre as cargas úteis do Resilience estava o Tenacious, o rover da ispace. Ele tinha uma câmera de alta definição na parte dianteira e uma pequena pá para coletar amostras que seriam fotografadas depois. Compacto, media 26cm de altura, 31,5cm de largura e 54cm de comprimento.

2. O Resilience levou experimentos…

O Resilience levou diferentes experimentos, e um deles era um eletrolisador de água da Takasago Thermal Engineering Co., que prometia testar a viabilidade da produção de oxigênio e hidrogênio a partir da água na Lua. O processo é considerado crítico para que a exploração lunar sustentável se torne realidade. 

Além disso, o lander contava com um módulo autônomo da Euglena Co., que investigaria o cultivo de algas como fonte de alimento. Os resultados ajudariam em missões lunares e, claro, em destinos ainda mais distantes no espaço.  

Finalmente, o outro experimento a bordo era a Deep Space Radiation Probe (DSRP), instrumento da Universidade Nacional Central de Taiwan que monitorou a radiação no voo e continuaria coletando os dados no ambiente lunar.  

3. Uma placa…

Outro “passageiro” do Resilience era uma placa metálica especial da Bandai Namco Research Institute, Inc, conglomerado de mídia japonês. O design da peça foi inspirado na “Carta do Século Universal”, documento fictício da famosa franquia de ficção científica Gundam.  

4. …e uma casa!

Moonhouse no rover Tenacious (ispace)

Já o rover Tenacious leva consigo a Moonhouse, uma pequena casa pintada em vermelho e branco no melhor estilo sueco. A estrutura foi idealizada pelo sueco Mikael Genberg, media apenas alguns centímetros e foi criada para ser um “uma obra de arte governada pela imaginação individual — todo mundo tem sua própria casa lunar”. 

Genberg teve a ideia em 1999, quando descobriu que a SMART-1, a primeira sonda europeia enviada para a Lua, foi criada pela Swedish Space Corporation. Ele já enviou uma versão da Moonhouse ao ônibus espacial Discovery e à Estação Espacial Internacional.  

5. Viagem longa 

O Resilience foi lançado à Lua em janeiro, ou seja, levou quase cinco meses para alcançar nosso satélite natural. O motivo disso é que ele viajou em uma rota de transferência de baixa energia que o levou por centenas de milhares de quilômetros em uma trajetória lenta, mas eficiente. 

Basicamente, a espaçonave viajou pelo espaço para ser capturada naturalmente pela gravidade lunar. Assim, ela poderia entrar na órbita do nosso satélite natural sem a necessidade de grandes ajustes de propulsão que o levariam em rotas mais diretas.

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Vídeo: Projeto Tengyun 

Leia a matéria no Canaltech.

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augustopjulio

Sou Augusto de Paula Júlio, idealizador do Tenis Portal e do Curiosidades Online, tenista nas horas vagas, escritor amador e empreendedor digital. Mais informações em: https://www.augustojulio.com.