Por que a gasolina não está mais barata nos postos após redução da Petrobras?

A Petrobras anunciou na última terça-feira (3) uma redução de 5,6% no preço do litro da gasolina para as distribuidoras. O valor, de acordo com a estatal, começa a valer já nesta quarta-feira (4) e, teoricamente, poderia ter reflexos positivos para o consumidor final.

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Na prática, porém, nada mudou. A redução aplicada para as refinarias não baixou o valor do combustível nos postos até esse momento e, infelizmente para o consumidor que sonha com a gasolina mais barata, pode nunca chegar às bombas.

Se você está se perguntando por que a gasolina não ficou mais barata nos postos após a Petrobras baixar o preço em quase 6% (cerca de R$ 0,17 em cima do valor cobrado para as refinarias), o CT Auto vai dar a resposta. E ela não é nada boa.

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Antes, porém, vale um lembrete importante: o último corte nos preços para as refinarias ocorreu há quase 2 anos (20 meses) e ele sempre é feito em cima da gasolina tipo A, que é pura, sem adição de etanol.

Por que a gasolina não baixou nos postos?

A redução no valor do litro da gasolina anunciado pela Petrobras ainda não chegou (e pode nem chegar) às bombas dos postos de combustível de todo o Brasil por uma série de fatores.

Um deles é justamente o fato de a redução nas refinarias ser em cima da gasolina pura. Ao chegar nos postos, são acrescidos 27% de etanol anidro à mistura, transformando, assim, o combustível em gasolina tipo C. A redução no preço, portanto, se for aplicada, será bem menor.

Outro fator que vai determinar se a redução chegará aos postos e, principalmente, de quanto será essa baixa no valor cobrado na bomba, é a alíquota do ICMS. Como ela é diferente em cada estado, não dá para cravar com exatidão quanto o litro da gasolina pode vir a custar, pois o preço pode variar de região para região.

Para finalizar, uma “luz no fim do túnel”: como a Petrobras não usa mais a PPI (Política de Paridade de Importação), ou seja, não dita os preços de acordo com o preço internacional do petróleo, a expectativa é que ao menos uma porcentagem dessa redução (cerca de 2,5%) chegue aos postos ainda em junho, mas somente nas próximas semanas.

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